Família, lugar da realização do homem

Família, lugar da realização do homem

Bento XVI recebeu na manhã desta sexta sexta feira, no Vaticano, os participantes num encontro promovido pelo Instituto João Paulo II de estudos sobre o matrimónio e a família. O Instituto foi fundado pelo Papa João Paulo II exactamente há trinta anos, juntamente com o Conselho Pontifício para a Família. Hoje, está presente em todos os continentes, empenhado no estudo, pesquisa e difusão das catequeses sobre o amor humano.

Bento XVI recebeu na manhã desta sexta sexta feira, no Vaticano, os participantes num encontro promovido pelo Instituto João Paulo II de estudos sobre o matrimónio e a família.

O Instituto foi fundado pelo Papa João Paulo II exactamente há trinta anos, juntamente com o Conselho Pontifício para a Família. Hoje, está presente em todos os continentes, empenhado no estudo, pesquisa e difusão das catequeses sobre o amor humano.

Falando à delegação de hóspedes, Bento XVI propôs a conjugação da teologia do corpo com a do amor para encontrar a unidade do caminho do homem. Para o Papa, este deve ser o horizonte de trabalho do Instituto João Paulo II.

Dissertando sobre o tema, o pontífice analisou os eventos da Capela Sistina, com os corpos representados nus, o que era considerado pouco respeitoso. A Inquisição acusava os artistas de terem pintado figuras inapropriadas ao redor da Última Ceia.

Mas os corpos ilustrados por Michelangelo são habitados pela luz, pela vida, pelo esplendor. Ele queria mostrar que os nossos corpos escondem um mistério; é neles que o espírito se exprime e actua – disse Bento XVI. “Assim, percebemos que os nossos corpos não são matéria inerte, mas falam, se soubermos ouvi-lo, a linguagem do verdadeiro amor”.

Para o Papa, a primeira palavra desta linguagem está na criação do homem. Ela traz consigo um significado filial e somente quando o homem reconhecer o amor original ue lhe deu a vida, poderá aceitar a si mesmo, reconciliar-se com a natureza e com o mundo. Bento XVI citou o episódio de Adão e Eva, cujos corpos, recebendo-se, podem doar.

“Abre-se assim um caminho em que o corpo nos ensina o valor do tempo, do longo amadurecimento no amor. É nesta luz que a castidade ganha um novo sentido: não é um ‘não’ aos prazeres e à alegria da vida, mas um grande ‘sim’ ao amor como comunicação profunda entre as pessoas, que exige tempo e respeito”, como caminho.
Juntos para a plenitude e como amor que se torna capaz de gerar vida e de acolher generosamente a vida nova que nasce.
Bento XVI destacou também o aspecto negativo do corpo: quando nos fala da opressão ao próximo, do desejo de possuir e de explorar. “Todavia – salientou – sabemos que esta linguagem não pertence ao desígnio originário de Deus, mas é fruto do pecado”.

“A família é o lugar no qual a teologia do corpo e a teologia do amor se encontram. É nela que se aprende a bondade do corpo, seu testemunho, a experiência de amor que recebemos dos nossos pais. É na família que o homem se realiza como filho, esposo e pai”.
A concluiur o Papa recomendou os participantes do Instituto à proteção de Maria, pedindo que ela continue a inspirar os seus estudos e ensinamentos ao serviço da missão da Igreja, em prol da família e da sociedade.

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