Padroeira das Missões, nossa baluarte.

“Passarei o meu Céu fazendo o bem na Terra, farei cair, uma chuva de rosas”…
Santa Teresinha do Menino Jesus, para quem não sabe, ou não conhece ainda é uma das baluartes da nossa comunidade. Mas o que vem a ser um baluarte? De acordo com o dicionário da língua portuguesa, baluarte é sinônimo de obra de fortificação, fortaleza, construção alta que se sustenta por muralhas, algo que serve de defesa, que sustenta alguma coisa. São aqueles que, por seus exemplos, nos apontam o caminho a seguir de acordo com o que é próprio de nossa vida salvista, ou melhor, o estudo, o esforço e a missão. São verdadeiramente alicerces em que podemos nos basear para obtermos a santidade. Santa Teresinha do Menino Jesus ou Teresa de Lisieux é a padroeira das missões, juntamente com São Francisco Xavier. Pode parecer muito estranho o fato de temos como Padroeira das Missões alguém que jamais saiu do seu Carmelo em Lisieux, mas olhando mais profundamente, descobrimos em Terezinha um coração essencialmente missionário. “No coração me repercutia, continuamente, o brado de Jesus na Cruz: ‘Tenho sede!’ Estas palavras acendiam em mim um ardor estranho e muito vivo” MA 134. Teresinha sentia-se devorada pela sede das almas, pelo desejo de salvá-las da perdição eterna. Em seu coração cultivava desejos grandiosos de, por Jesus, para amá-lo e fazê-lo amado, fazer todas as coisas possíveis e imagináveis. “Quisera percorrer a terra, apregoar teu nome (…) Quisera ser missionário não só por alguns anos, mas quisera sê-lo desde a criação do mundo e até a consumação dos séculos” MB 251.

Teresinha sabia, entretanto, de sua pequenez. Embora tivesse “olhos e coração de águia”, ou seja, cultivasse grandes desejos, sabia que ela mesma era um pequeno passarinho, capaz apenas de pequenas coisas. Essa consciência de sua pequenez levou-a a uma grande descoberta, que fez com que seu grande desejo de missão se tornasse realizável: “Compreendi que só o amor fazia os membros da Igreja atuarem, e que se o amor se extinguisse, os Apóstolos já não anunciariam o Evangelho e os Mártires se recusariam a derramar seu sangue… Compreendi que o amor abrange todas as vocações (…) Sim, encontrei meu lugar na Igreja (…) No coração da Igreja, minha Mãe, serei o amor” MB 254. Teresinha descobriu que todas as coisas, se feitas com amor e por amor, tornam-se uma oferta agradável a Deus, capaz de salvar almas: “Um alfinete pego no chão por amor pode salvar uma alma.”

Com sua vida, Teresinha nos mostra que cada um de nós é chamado e pode ser um grande missionário, através desse amor vivido como oferta a Deus, nas pequenas coisas! Por fim, termino com um trecho extraído do túmulo do nosso Pai-Fundador: “Meu corpo não ficará inerte, mas sempre te dará glória e santificação para meus irmãos e irmãs. E te digo Senhor, como Santa Teresinha: Passarei meu céu fazendo o bem na terra para todos! Continuarei a dar testemunho para o teu louvor através das gerações.”

Frt. Ailton Carlos de Sousa Marcos, sjs.
(Tirocinando)