Liturgia

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Da Redação, com informações do Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé ”Não poucas vezes se contrapõe de modo maldito tradição e progresso”, alerta o Papa Bento XVI O Papa Bento XVI afirma que a Liturgia da Igreja vive de um correto e constante relacionamento entre a sã tradição e o legítimo progresso, conforme desejado pelo Concílio Vaticano II. A afirmação do Pontífice aconteceu durante encontro com participantes do IX Congresso Internacional de Liturgia, em comemoração do 50º aniversário de fundação do Pontifício Instituto Litúrgico. O encontro aconteceu na Sala Clementina do Palácio Apostólico, às 11h (hora local).

Da Redação, com informações do Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé

”Não poucas vezes se contrapõe de modo maldito tradição e progresso”, alerta o Papa Bento XVI
O Papa Bento XVI afirma que a Liturgia da Igreja vive de um correto e constante relacionamento entre a sã tradição e o legítimo progresso, conforme desejado pelo Concílio Vaticano II.

A afirmação do Pontífice aconteceu durante encontro com participantes do IX Congresso Internacional de Liturgia, em comemoração do 50º aniversário de fundação do Pontifício Instituto Litúrgico. O encontro aconteceu na Sala Clementina do Palácio Apostólico, às 11h (hora local).

“A Liturgia cristã é a Liturgia da promessa realiza em Cristo, mas é também a Liturgia da esperança, da peregrinação rumo à transformação do mundo, que acontecerá quando Deus será tudo em todos”, sintetizou.

O Sucessor de Pedro ressaltou que a Constituição conciliar Sacrosanctum Concilium coloca em viva luz o dúplice caráter teológico e eclesiológico da Liturgia. “A celebração realiza contemporaneamente uma epifania [manifestação] do Senhor e uma epifania da Igreja, duas dimensões que se conjugam em unidade na assembleia litúrgica, onde o Cristo atualiza o Mistério pascal de morte e ressurreição e o povo dos batizados obtém mais abundantemente as fontes da salvação. Na ação litúrgica da Igreja subsiste a presença ativa de Cristo: ou seja, aquilo que ele realizou na sua passagem em meio aos homens, Ele continua a torná-lo operante através da sua pessoal ação sacramental, cujo centro é constituído pela Eucaristia”, explicou.

Bento XVI também disse que a Liturgia é o “cume para o qual tende a ação da Igreja e ao mesmo tempo fonte da qual provém a sua virtude”, através de cujo universo celebrativo “torna-se assim a grande educadora para o primado da fé e da graça”.

Tradição e progresso foram os dois termos com os quais os padres conciliares quiseram assinalar o seu programa de reforma, “em equilíbrio com a grande tradição litúrgica do passado e do futuro. Não poucas vezes se contrapõe de modo maldito tradição e progresso. Na realidade, os dois conceitos se integram: a tradição é uma realidade viva, inclui, por isso, em si mesma, o princípio do desenvolvimento, do progresso. Como a dizer que o rio da tradição carrega em si também a sua fonte e tende à foz”, sublinhou.

O título escolhido para o Congresso – “O Pontifício Instituto Litúrgico entre memória e profecia” – foi abordado pelo Pontífice.

“No que concerne a memória, devemos constatar os frutos abundantes suscitados pelo Espírito Santo em meio século de história, e por isso rendemos graças ao Doador de todo o bem, não obstante também os mal entendidos e os erros na realização concreta da reforma. [..] Graças a esse importante trabalho formativo [ministrado pelo Instituto], um elevado número de laureados e licenciados prestam agora o seu serviço à Igreja em várias partes do mundo, ajudando o Povo santo de Deus a viver a Liturgia como expressão da Igreja em oração, como presença de Cristo em meio aos homens e como atualidade constitutiva da história da salvação”, disse.

“Com o termo ‘profecia’, o olhar abre-se a novos horizontes. A Liturgia da Igreja vai além da própria ‘reforma conciliar’, cujo escopo, de fato, não era principalmente aquele de mudar os ritos e os textos, mas, ao contrário, renovar a mentalidade e colocar no centro da vida cristã e da pastoral a celebração do Mistério Pascal de Cristo. Infelizmente, talvez, também para nós pastores e especialistas, a Liturgia foi cultivada mais como um objeto a se reformar que sujeito capaz de renovar a vida cristã, dado que existe um laço estreitíssimo e orgânico entre a renovação da Liturgia e a renovação de toda a vida da Igreja. A Igreja da Liturgia obtém a força para a vida”, destacou.

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